'MARANHÃO NA TELA' E CUFA ESTIMULAM PRODUÇÃO AUDIOVISUAL DO MARANHÃO
A programação de cursos de cinema e vídeo mobiliza estudantes, pesquisadores e profissionais de televisão e rádio
A primeira semana de programação do ‘Maranhão na Tela’ já superou as expectativas do evento. O Maranhão na Tela é um projeto de fomento à produção audiovisual do Maranhão, realizado nesta II edição pela produtora Mavi Simões em parceria com a CUFA-MA. Os 242 inscritos no curso de roteiro e documentário refletem a necessidade de um incentivo para a produção audiovisual no Estado. Para Felipe Ribeiro, professor e cineasta que ministrou o curso “a própria demanda demonstrou que: ou o Maranhão não tem uma produção vigorosa ou não está sendo bem distribuída”, afirmou ele.
Durante as aulas o cineasta fez questão de trabalhar a construção de roteiro e a produção de documentários a partir do que se produz atualmente, e daí, então resgatar algumas referências da história do cinema como Vertov, Jean Rouch, Goddard. Além disso, ele apresentou um conjunto de filmes que contribuíram para pensar métodos de compor um roteiro e resignificar sentidos de produção, circulação e consumo dos filmes.
O resultado desse primeiro contato foi bem positivo para profissionais de rádio e televisão, pesquisadores, produtores e estudantes interessados em crítica de cinema e criação de projetos. A nova expectativa é reiterar o aprendizado com a presença do cineasta Vinicius Reis, roteirista e diretor, que ministrará nos dias 13 e 17 de outubro o curso de Direção e Produção.
O Estado do Maranhão é carente de cursos técnicos e de graduação na área de cinema e vídeo, por isso, a proposta dos cursos de capacitação do 'Maranhão na Tela' é estimular o interesse pela produção. A parceria da CUFA-MA com o projeto é o primeiro passo no desafio de promover capacitação de jovens e viabilizar transformação social através do cinema. “A atuação da CUFA tem sido importante para o fomento a produção audiovisual no Brasil. No Rio de Janeiro, tivemos mostras impressionantes dos filmes da periferia. Filmes feitos por pessoas que historicamente foram entendidas ou percebidas como receptores. Esse mesmo desafio de produção deve ser pensado como desafio de distribuição e a CUFA também deve encontrar meios distribuição alternativos como o Youtube e a internet”, comentou Felipe Ribeiro.
O 'Maranhão na tela' segue com a oficina de produção de vídeo, voltada para jovens da periferia do São Luís, ministrada por Tiago Gomes, Coordenador de Audiovisual da CUFA-RJ. Em dezembro, acontece o Festival cujo ponto alto da programação é a exibição dos vídeos produzidos na oficina.
texto: Poliana Sales e Alexandre Bruno
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